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A batalha judicial pelo controle da SAF do Botafogo, envolvendo John Textor e a Eagle Football Holdings, pode ter reflexos profundos no futuro dos investimentos estrangeiros no futebol brasileiro. A análise é do jornalista Rodrigo Mattos, que apontou o risco de insegurança jurídica no modelo de clube-empresa no país.
“Uma decisão da Justiça do Rio em favor do norte-americano vai gerar uma série de dúvidas sobre o modelo de SAF no Brasil com investimento estrangeiro. Afinal, quem vai investir em um clube-empresa no país se não há nenhuma segurança jurídica sobre seu dinheiro? É o caso quando uma empresa tem 90% das ações de uma SAF e pode perder tudo sem ver nem um centavo”, escreveu Mattos em seu blog no UOL.
O jornalista acrescentou que, mesmo com vitória nas disputas judiciais, Botafogo e Textor poderiam enfrentar dificuldades para atrair novos aportes de capital, já que a perda de garantias para investidores anteriores deixaria marcas no mercado.
Para Mattos, a situação pode ser interpretada de formas distintas: “Do lado de Textor e do Botafogo associação, a briga é pelo controle da empresa que lhes é tão cara. Do lado do investidor, há a lógica de que botou dinheiro e quer ser ressarcido. Do lado de quem olha de fora, é difícil não ver essa disputa como um prejuízo para o futuro do investimento em SAFs no Brasil”.
Fonte: Redação Fogão Play | UOL